14 de outubro de 2008

Carta a um filho rebelde

Meu filho, esta mãe contra quem você se rebela tantas vezes por lhe impor limites e disciplina; esta mãe a quem você interrompe com rudeza, antes mesmo que ela possa concluir o que estava tentando lhe dizer;
esta mãe a quem você culpa por tudo e sobre quem você despeja a sua ira, toda vez que o mundo lá fora não lhe sorri; esta mãe cujos carinhos você repele porque agora acha-se adulto e não quer mais ser tratado como criança;
esta mãe de quem você sempre cobrou um pai, sem ater-se ao fato de que ela desdobrou-se para ser mãe e pai ao mesmo tempo, educando-o e provendo-o.
É A MESMA MÃE QUE:
De bom grado renunciou a si mesma para que nada lhe faltasse!
É a mesma que sorri e contemporiza para desanuviar o ambiente nas suas horas de desatino, sem que você perceba as lágrimas que escorrem por dentro.
É a mesma que espera você dormir para afagar sua cabeça e orar na cabeceira de sua cama. Sabe, meu filho, eu o perdoo porque todas as mães são puro amor e perdão.
Porém, meu filho, eu não poderei impedir que, bem lá na frente, você queira desesperadamente voltar no tempo para dizer:
- Obrigado, Mãe!
- Eu te amo, Mãe!
Tomara, meu filho, que eu ainda esteja por aqui para receber o seu abraço.
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